sábado, 19 de janeiro de 2013

Genghis Khan...



Genghis Khan foi um rei e guerreiro uma certa manhã, longe das guerras, saiu cedo de casa a fim de passar o dia caçando na floresta. Muitos amigos foram com ele. Todos, carregando seus arcos e flechas, seguiam felizes em suas montarias. Acompanhavam-nos os serviçais, conduzindo os cães pela retaguarda.

Seus gritos e risadas retumbavam na floresta. Esperavam abater muitos animais que trariam para casa ao final do dia.

O rei levava ao punho seu falcão predileto, pois naquela época essa ave era treinada para a caça. A uma ordem do dono, o pássaro alçava vôo, e do alto vasculhava a floresta. Ao avistar um cervo ou uma lebre, mergulhava velozmente sobre a presa, qual uma flecha.

Genghis Khan e seus caçadores passaram o dia a cavalgar pela floresta. 
Não encontraram, porém, tanta caça quanto esperavam.

À tardinha, decidiram retornar. O rei estava habituado a cavalgar pela floresta, e conhecia todas as trilhas. Tendo o grupo escolhido o caminho 
mais curto para casa, ele tomou uma estrada mais longa que passava
por um vale entre duas montanhas.

O dia fora quente, e o rei tinha sede. Seu falcão amestrado alçara vôo, deixando-o só. O pássaro saberia encontrar o caminho de casa.

O rei prosseguia lentamente. Conhecia uma fonte de águas límpidas em alguma paragem perto da trilha. Se ao menos pudesse encontrá-la 
naquele momento! Mas os dias quentes do verão haviam secado todos 
os córregos da montanha.

Mas eis que, para sua alegria, avistou um pouco de água escorrendo pela beira de uma pedra. Haveria de encontrar a fonte logo acima. Na estação chuvosa, as águas corriam ligeiras naquele ponto; mas agora gotejavam lentamente.

O rei apeou da montaria, tirou do embornal um cálice de prata e começou 
a aparar as gotas que caiam lentamente da pedra.

A água demorava para encher o cálice; e o rei tinha tanta sede que 
mal podia esperar. Finalmente, estava quase cheio. Levou-o aos lábios e estava prestes a sorver o primeiro gole, quando de repente um zunido 
cruzou os ares e o cálice foi derrubado de suas mãos.
A água derramou-se toda.

O rei procurou ver quem fizera aquilo. Fora seu falcão.

O pássaro voou de um lado para outro e acabou pousando
nas pedras, perto da fonte.

O rei pegou o cálice e tornou a recolher as gotas de água. Desta vez não esperou tanto tempo. Quando estava pela metade, levou-o à boca. 
Mas antes que o cálice lhe tocasse os lábios, o falcão deu outro mergulho, derrubando-o novamente.

O rei começou a ficar zangado. Empreendeu mais uma tentativa, e pela terceira vez, o falcão o impediu de beber.

O rei, bastante irritado, gritou:
- Como te atreves a fazer isto? Se eu pusesse minhas mãos em ti, torcer-te-ia o pescoço!

Mais uma vez, o rei encheu o cálice. Porém, antes de levá-lo à boca,
sacou da espada.
- Agora, Senhor Falcão, é a última vez disse ele.

Mal proferira as palavras, o falcão mergulhou e derrubou-lhe das mãos o cálice. Mas o rei já esperava por isso. De um golpe, acerrou o pássaro em pleno vôo.

E logo o pobre falcão jazia aos pés do dono, sangrando até morrer.
- É o que mereces por teus caprichos - disse Genghis Khan.

Entretanto, ao procurar o cálice, encontrou-o caído entre duas pedras, onde não conseguia alcançar.
- Mesmo assim, vou beber desta fonte - disse consigo mesmo.

E pôs-se a galgar a parede íngreme da rocha para chegar até o lugar 
de onde a água escorria. A tarefa era árdua; e quanto mais subia, 
mais sede sentia.

Por fim, atingiu o local. E havia, de fato, uma nascente; mas o que era 
aquilo dentro da poça, ocupando-lhe quase todo o espaço? Uma enorme serpente morta, e das mais venenosas.

O rei parou. Esqueceu-se da sede. Pensou apenas no pobre pássaro morto 
ali no chão.
- O falcão salvou-me a vida! - gritou - E o que fiz em troca? Era meu melhor amigo, e eu o matei.

Desceu a escarpa, tomou cuidadosamente o pássaro nas mãos e o 
colocou no embornal. Subiu na montaria e partiu ligeiro, dizendo consigo:
- Aprendi hoje uma triste lição, que é nunca fazer coisa alguma com raiva.

Genghis Khan...


Genghis Khan was a warrior king and one morning, away from the war, he left home early to spend the day hunting in the forest. Many friends were with him. All, carrying their bows and arrows, followed happily in their mounts. Accompanying them on the servants, leading dogs from the rear.

Their shouts and laughter rumbled in the jungle. They hoped to kill many animals that would bring home at the end of the day.

The king led to fist his favorite hawk, for in those days the bird was trained for hunting. The order of the owner, the bird alçava flight, and the high scoured the forest. When you see a deer or a rabbit, dove quickly on its prey, which an arrow.

Genghis Khan and his hunters spent the day riding through the forest.
They found, however, much hunting as expected.

In the evening, they decided to return. The king was accustomed to ride through the forest, and knew all the trails. Having chosen the path group
shorter home, he took a longer road passing
by a valley between two mountains.

The day had been hot, and the king was thirsty. His pet hawk Alcara flight, leaving him alone. The bird would know to find your way home.

The king proceeded slowly. I knew a source of clear water stop somewhere near the trail. If only she could find her
at that moment! But the hot days of summer had dried up all
the mountain streams.

But behold, to his joy, he saw some water trickling over the edge of a stone. Would find the source just above. In the rainy season, the water ran light at that point, but now dripped slowly.

The king's steed dismounted, pulled the scupper a silver chalice and began
trimming the drops falling slowly from the stone.

The water it took to fill the cup, and the king was so thirsty that
I could not wait. Finally, it was almost full. He took it to his lips and was about to drink the first sip, when suddenly a buzz
crossed the air and the cup was knocked from his hands.
The water spilled all.

The king tried to see who had done it. Outside his hawk.

The bird flew from one side to another and ended up landing
the rocks, near the fountain.

The king picked up the cup and made to collect water droplets. This time do not wait so long. When I was in half, took it to his mouth.
But before the cup to touch his lips, the hawk took another dive, knocking him down again.

The king began to get angry. Undertook another attempt, and the third time the hawk kept him from drinking.

The king, very angry, shouted:
- How dare you do this? If I put my hands on you, you would wring his neck!

Again, the king filled the cup. However, before bringing it to his mouth,
drew his sword.
- Now, Sir Hawk, is the last time he said.

Barely uttered the words, the hawk swooped down and knocked from his hands the cup. But the king already expected that. At one stroke, acerrou the bird in flight.

And then the poor hawk lay at the feet of the master, bleeding to death.
- It's what you deserve for your whims - Genghis Khan said.

However, when looking for the cup, found him fallen between two rocks, where he could not reach.
- Even so, I will drink from this source - said to himself.

And he began to climb the steep wall of rock to reach the place
where the water flowed. The task was arduous, and the more he climbed,
felt more thirsty.

Finally, the location reached. And there was indeed a spring, but that was
it into the water, you almost occupying the whole space? A huge dead snake, and the most poisonous.

The king stopped. Forgot headquarters. He thought only the poor dead bird
there on the floor.
- The hawk saved my life! - Shouted - And what did in return? He was my best friend, and I killed him.

Down the escarpment, carefully took the bird in his hands and
placed in the knapsack. Climbed the mount and left slightly, saying to himself:
- I learned a sad lesson today, which is never do anything in anger.


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