sábado, 25 de maio de 2013

Entrincheirados...



Entrincheirados de medos e de pavores, 

Encolhidos aos cantos com fome de amores, 

Sozinhos ou  meio ao batalhão, 

Lágrimas frias desconformadas rolam ao chão, 


Num chão que não germina nada, 

De tantas granadas... 

Mas o medo de sair e lutar, 

Faz os entrincheirados ali ficar... 


Alguém muito além os espera, 

Pra amá-los e mostrar lhes o cheiro das primaveras, 

Mas perderam  a noção de dias e de estações, 

Pra eles são sempre invernos nem se lembram mais de verões, 


Entrincheirados pra sempre hão de ficar, 

Se na vida não arriscar, 

Mas o que fazer com teus medos e pavores? 

Se se aconchegam nos mais fortes por favores. 


Quem os espera muito além, 

Acreditam no que lhes convém, 

Mesmo barbados,enrugados e machucados, 

Por tuas amadas serão amparados. 


Mesmo porque esta guerra não existe, 

Só mesmo dentro da alma de quem insiste, 

Insiste em atrás das trincheiras se esconder, 

Por mero medo de viver.

Entrenched ...

Entrenched fears and terrors,

Curled the corners hungry loves,

Alone or through the battalion,

Tears desconformadas cold rolling on the floor,


On a floor does not germinate nothing

So many grenades ...

But fear to go out and fight,

Makes the barricaded get there ...


Someone far beyond the expected,

To love them and show them the smell of spring,

But lost track of days and seasons

For they are not always remember winters more than summers,


Entrenched forever they will stay,

If not in life chances,

But what to do with your fears and terrors?

If huddle us stronger for favors.


Who awaits beyond,

Believe what suits them,

Even bearded, wrinkled and bruised,

For your loved ones will be supported.


Even because this war does not exist,

Only within the same soul who insists,

Insists on hiding behind the trenches,

By mere fear of living.

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