terça-feira, 26 de março de 2013

Minha liberdade...



Dentre o que posso te oferecer

Te ofereço minha liberdade

Ainda tímida, recém saída

Do invólucro da invisibilidade

Que a mantinha prostrada

Débil , escondida

Te ofereço meus sentimentos inacabados

Ainda não burilados

Em minhas portas e janelas

Há muitas crenças abauladas

Muitas vontades

Em becos fétidos guardadas

Preciso sorver a essência da amenidade

O brilho tenaz da humildade

Não há sapiência

Na vaidade

Não há vida

Sem verdadeira serenidade

Interessa-me a alma 

Despretensiosamente vestida

Quero trocar o casaco de pele 

Pela blusa velha , puida

Leve e despojada

Num encontro decisivo com o nada

Calço a consciência

Com chinelos surrados

Desafrouxo os cintos apertados

Deixo os pés descalços simplesmente

Ainda que por um evaporável instante

Do meu caminhar errante

My freedom ...

Among what I can offer you

I offer my freedom

Still shy, fresh out

Envelope of invisibility

What kept her prostrate

Weak, hidden


I offer my feelings unfinished

Still not burilados

In my doors and windows

There are many beliefs bowed

many wills

In fetid alleys saved

I need to absorb the essence of amenity

The brightness tenacious humility

There wisdom

in vanity

There is no life

Without true serenity

I am interested in the soul

dressed unpretentiously

I want to change the fur coat

For blouse old, threadbare

Lightweight and stripped

At a key meeting with nothing

Shim awareness

With shabby slippers

Desafrouxo belts tight

I leave barefoot simply

Even for a moment evaporable

From my walk wandering

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