sexta-feira, 30 de maio de 2014

Minha liberdade...



Dentre o que posso te oferecer
Te ofereço minha liberdade
Ainda tímida, recém saída
Do invólucro da invisibilidade
Que a mantinha prostrada
 Débil , escondida

 
Te ofereço meus sentimentos inacabados

Ainda não burilados
Em minhas portas e janelas
Há muitas crenças abauladas
Muitas vontades
Em becos fétidos guardadas
 
Preciso sorver a essência da amenidade
O brilho tenaz da humildade

Não há sapiência
 Na vaidade
Não há vida
 Sem verdadeira serenidade
 
Interessa-me a alma
Despretensiosamente vestida
Quero trocar o casaco de pele
Pela blusa velha , puída
Leve e despojada

Num encontro decisivo com o nada
 
Calço a consciência
Com chinelos surrados
Desafrouxo os cintos apertados
Deixo os pés descalços simplesmente
Ainda que por um evaporável instante
Do meu caminhar errante

My freedom ...

Among what I can offer you

I offer you my freedom

Still shy, fresh out

The housing of invisibility

That had prostrated

  Weak, hidden


I offer you my feelings unfinished


Not yet burilados

In my doors and windows

There are many beliefs bowed

many wills

In fetid alleys saved


I need to sip the essence of amenity

The tenacious humility shine


There is no wisdom

  in vanity

There is no life

  No true serenity


I am interested in the soul

unpretentiously dressed

I want to change the fur coat

The old blouse, tattered

Lightweight and stripped


In a key meeting with nothing


Shim awareness

With shabby slippers

Desafrouxo tight belts

I leave barefoot simply

Even for a moment evaporable

My walking wandering

Nenhum comentário: