A verdade é uma velha bruxa má
Não constrói nem alivia
Apenas destrói e amorfia...
Todos veementemente a defendem
Mas ninguém quer tê-la por perto
Em seus trajes fétidos e repugnantes.
Quem ousa desfilar com ela da forma que é,
Pelos salões, pelos palácios, pelas casas
Morre aos poucos no social e no afetivo
Comete um suicídio inconsciente
Pois que os convivas não toleram
Enxergarem-se nos andrajos
E nas úlceras podres da verdade.
Por isso a revestem de outras vestes
E a odorizam com bons perfumes
Assim se constroem as máscaras
E prolifera-se a hipocrisia...
A verdade assusta-nos
Porque revela-nos o que há de mais
Sórdido e inescrupuloso em nós.
A verdade dói, maltrata,
Jamais alivia, jamais arrebata...
Por isso escolhemos viver
No meio termo, de meias verdades,
Na corda bamba, buscando equilíbrio
Enquanto que a ilusão, a vaidade
E a hipocrisia o nosso peito invadem.
The truth ...
The truth is an old evil witch
Do not build or relieves
And destroys only formlessness ...
All strongly advocate
But nobody wants to have her close by
In their fetid and disgusting costumes.
Who dares to parade with the way she is,
The halls, the palaces, the houses
Dies slowly in the social and affective
Commits suicide unconscious
For the guests that do not tolerate
See themselves in rags
And ulcers rotten truth.
So the lining of other garments
And with good perfume odorizam
So are constructed masks
And proliferates to hypocrisy ...
The truth scares us
Because it shows us what is most
Sordid and unscrupulous in us.
The truth hurts, abuses,
Never relieves ever snatches ...
Therefore we choose to live
In the middle, half-truths,
Tightrope, trying to balance
While the illusion, vanity
Hypocrisy invade our chest.
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