segunda-feira, 16 de setembro de 2013

A verdade...



A verdade é uma velha bruxa má

Não constrói nem alivia

Apenas destrói e amorfia...

Todos veementemente a defendem

Mas ninguém quer tê-la por perto

Em seus trajes fétidos e repugnantes.

Quem ousa desfilar com ela da forma que é,

Pelos salões, pelos palácios, pelas casas

Morre aos poucos no social e no afetivo

Comete um suicídio inconsciente

Pois que os convivas não toleram

Enxergarem-se nos andrajos

E nas úlceras podres da verdade.

Por isso a revestem de outras vestes

E a odorizam com bons perfumes

Assim se constroem as máscaras

E prolifera-se a hipocrisia...

A verdade assusta-nos

Porque revela-nos o que há de mais

Sórdido e inescrupuloso em nós.

A verdade dói, maltrata,

Jamais alivia, jamais arrebata...

Por isso escolhemos viver

No meio termo, de meias verdades,

Na corda bamba, buscando equilíbrio

Enquanto que a ilusão, a vaidade

E a hipocrisia o nosso peito invadem.

The truth ...

The truth is an old evil witch

Do not build or relieves

And destroys only formlessness ...

All strongly advocate

But nobody wants to have her close by

In their fetid and disgusting costumes.

Who dares to parade with the way she is,

The halls, the palaces, the houses

Dies slowly in the social and affective

Commits suicide unconscious

For the guests that do not tolerate

See themselves in rags

And ulcers rotten truth.

So the lining of other garments

And with good perfume odorizam

So are constructed masks

And proliferates to hypocrisy ...

The truth scares us

Because it shows us what is most

Sordid and unscrupulous in us.

The truth hurts, abuses,

Never relieves ever snatches ...

Therefore we choose to live

In the middle, half-truths,

Tightrope, trying to balance

While the illusion, vanity

Hypocrisy invade our chest.

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