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domingo, 20 de junho de 2010
"Mãe eu tão pequena e já querendo ser como você"...
"Seguindo seus passos e me sentindo gente grande".
Datas difíceis pra mim.
Principalmente quando se tratam de duas em especial, a minha própria data de aniversário e a data de aniversário da minha MÃE.
Sei lá, pode parecer estranho mais no dia do meu aniversário, só faço questão de receber os parabéns do meu marido e do meu filho, não gosto de receber os parabéns dos meus amigos ou dos meus familiares. Não é por nada, que acho um dia tão sem graça e fico totalmente deslocada quando recebo os parabéns pessoalmente.
Não ligo se receber alguma mensagem por e-mail ou orkut, mais pessoalmente ou por telefone é muito estranho e fico super sem graça.
Por isso não ligo para tal data.
Eu fico tão sem jeito de parabenizar alguém no dia do seu aniversário, que dou uma de que esqueci e acabo saindo como sem educação, prefiro mandar um e-mail parabenizando.
E pior ainda é a data de aniversário da minha MÃE.
Pois, como todos sabem, não a tenho mais comigo.
Minha Mãe, faleceu a 12 anos em um acidente, mais isso é uma historia que posso contar outra hora.
Hoje, se minha Mãe estivesse aqui, seria uma data para se comemorar, mas como não está, hoje será um dia em que nada me satisfaz, nada me alegra ou seja, é um dos piores dias pra mim.
Pois, a saudade me consome, a falta me trás dor e tristeza é como se eu estivesse morta.
Hoje, tudo que eu vier a fazer será mecânico, nada de espontâneo.
É como disse, parece que estou morta, amarrada, pois meu corpo não responde a estimulo algum, minha mente trava e viajo para um mundo que só eu consigo entrar, eu me transporto facilmente para um outro lugar, sombrio, frio, triste.
Passo o meu dia tentando voltar, luto, brigo e muitas vezes quase desisto.
E tudo em mim dói.
Me corpo dói, minha alma, meu espírito o coração acelera e as vezes, parece que ele pode parar a qualquer momento, quando finalmente e inevitavelmente, saio de mim, parece que não sinto mais meu corpo.
Perco a fome, a sede, a vontade de abrir meu olhos, não consigo raciocinar, perco o domínio do meu corpo, me perco meus sentimentos e tudo fica tão confuso e ao mesmo tempo tão lento.
Parece que morri por um dia inteiro, mais sem direito ao meu sepultamento, sem direito ao ultimo adeus.
Fecho meus olhos e procuro sentir você Mãe.
E só consigo sentir um arrepio, calafrio.
E as lágrimas me vêem e não consigo conter.
Choro, tento achar a resposta, de você ter me deixado tão sedo.
Tento me lembrar do seu rosto.
E só me lembro de vê-la me olhando ir embora, com a carinha de quem queria que eu ficasse, nem que fosse só mais um pouquinho.
E a dor aumenta e aperta tanto o meu coração, que quase me sufoca.
Queria que você estivesse aqui!!!!
Queria poder chamar por você.
Mãe, o nome mais doce e mais rico que existe é o amor escrito de maneira diferente...
Quando somos pequenos não sabemos como é está nos braços de quem nos ama.
E hoje...
Hoje, só queria voltar a ser criança, para ficar o tempo todo em seu braços, pois nele eu meu sentia viva, protegida e feliz.
Eram milhões de sentimentos em segundos, era o mais puro amor.
E hoje, de tudo isso, só me restou a DOR o AMOR e SAUDADE de VOCÊ MÃE...
TE AMO, mais que a minha própria VIDA...
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